Siameses passam por nova cirurgia após organismo recusar expansores

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Siameses passam por nova cirurgia após organismo recusar expansores
02-04-2014
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Procedimento vai recolocar aparelhos para expandir a pele, em Goiânia.
Gêmeos de 4 anos nasceram unidos pelo tórax, abdômen e bacia.

Os gêmeos siameses Arthur e Heitor, de 4 anos, vão passar por novo procedimento cirúrgico para colocar expansores de pele, no Hospital Materno Infantil (HMI), em

Goânia . A cirurgia está marcada para começar às 13h desta quarta-feira (2).

Segundo o cirurgião pediátrico que acompanha o caso, Zacharias Calil, a cirurgia é necessária porque dois dos oito expansores colocados em novembro do ano passado não foram aceitos pelo organismo e precisaram ser retirados. “Deu uma infecção. Às vezes, acontece isso porque é um corpo estranho”, explica Calil.

Com isso, a cirurgia de separação definitiva dos siameses, que estava prevista para o início deste ano, teve de ser adiada. “Depois de colocados os expansores, vamos esperar cerca de 20 dias para começar a expandir a pele. Se não apresentar nenhum problema, acho que em três meses poderemos fazer a separação”, diz cirurgião.

Ainda de acordo com Calil, os expansores que apresentaram problemas, localizados no tórax e na terceira perna das crianças, foram retirados em dezembro do ano passado. Desde então, seis aparelhos agiam na expansão da pele de outras partes do corpo, o que deve continuar enquanto os novos expansores fazem o mesmo. “Precisa de pele para cobrir o corte da separação. Se o processo não é feito, o risco de morte é altíssimo”, explica.

Referência no país em separação de siameses, Calil classifica o caso como o mais complexo dos dez que já fez a cirugia, pois os irmãos dividem órgãos importantes. “Vamos ter que dividir o fígado, a bexiga, o intestino delgado, o grosso, entre outros órgãos”.

Acompanhamento
Arthur e Heitor nasceram em abril de 2009, no Hospital Materno Infantil, unidade referência no acompanhamento de siameses, em Goiânia. A família é de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia. A mãe diz que praticamente mora na capital goiana. “A nossa casa [na cidade baiana] virou local de passear”.

Casal da Bahia com os filhos siameses, em Goiânia (Foto: Rodrigo Cabral/Secretaria de Saúde de Goiás)Casal da Bahia com os filhos recém-nascidos
(Foto: Rodrigo Cabral/Secretaria de Saúde de GO)

Eliana procurou ajuda no HMI antes mesmo do nascimento dos filhos. “Quando eu descobri que eles eram siameses, procurei na internet algum caso semelhante ao meu e li sobre a equipe do doutor Zacarias Calil. Vim para Goiânia grávida, eles nasceram no HMI”, relata.

A mãe, que deixou o emprego de professora para cuidar das crianças, se orgulha de ter alfabetizado os filhos: “Eles já sabem ler e escrevem algumas palavras”. Eliana conta que eles são alegres, brincalhões e adoram jogar no computador.

Apesar da gravidade da cirurgia, Eliana diz estar confiante e tranquila. “Eles falam que querem se separar. Entram muito em conflito em relação ao que querem ver na TV, ao lugar que querem ir. Esse desejo deles me tranquiliza e deixa mais confiante”, afirma.

g1 goias

 

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