Suposto SMS de vítima para PM teria motivado chacina em GO, diz polícia

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Suposto SMS de vítima para PM teria motivado chacina em GO, diz polícia
25-03-2014
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Quatro jovens foram executadas, no Morro do Mendanha, em Goiânia.
Suspeito namorava uma das vítimas e acreditou que ela delatou quadrilha.

 

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (25), que as quatro jovens executadas no Morro do Mendanha, em Goiânia, foram mortas porque o namorado de uma delas, uma adolescente de 15 anos, pensava ter sido denunciado por ela a um policial militar. O contato teria sido feito por meio de uma mensagem de SMS. O rapaz, um menor de 17 anos, é suspeito de participar de uma quadrilha que teria cometido vários outros crimes em Trindade, na Região Metropolitana da capital.

Ocrime aconteceu no ultimo dia 8 de março no morro do Mendanha, no Jardim Petrópolis, na capital. As quatro foram executadas juntas, uma ao lado da outra, cada uma com um tiro na cabeça. Duas das vítimas eram adolescentes, de 15 e 16 anos. As outras duas tinham 19 anos.

Segundo a polícia, a informação sobre a motivação do crime foi dada por dois suspeitos de participação na chacina, um maior de 19 anos e um menor de 17. O primeiro foi preso e o segundo apreendido, ambos em Novo Gama, no entorno do Distrito Federal, na última quarta-feira (19). Eles estão detidos na capital. Ainda conforme a polícia, eles confessaram envolvimento nos homicídios, mas afirmaram que os tiros foram efetuados por outro suspeito, um menor também de 17 anos, que ainda está foragido.

SMS
Em depoimento à polícia os suspeitos  afirmaram que, dias antes da chacina, durante uma abordagem por policiais militares, os agentes os ameaçaram, dizendo que a corporação estava recebendo informações sobre atividades ilícitas cometidas pela quadrilha.

“Policiais militares abordaram esses menores, não encontraram nada de ilícito com eles, mas num primeiro momento disseram que eles estavam sendo monitorados, até porque alguém estava os delatando”, explica o delegado Murilo Polati, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). A Polícia Civil ainda investiga se essa situação realmente ocorreu e se os policiais militares realmente tinham recebido a denúncia, ou se era apenas uma forma de intimidá-los.

Em seguida, um dos jovens, o adolescente de 17 anos que está detido, teria encontrado uma mensagem no celular da namorada, uma das vítimas da chacina, que dizia “me liga”. A jovem teria respondido: “estou em um lugar inadequado, com pessoas inadequadas”. Suspeitando da garota, ele anotou o número do telefone de quem enviou a mensagem e depois ligou. Durante a chamada ele recebeu a informação de que o telefone era de um policial militar.

Premeditado
O adolescente então teria ligado a ameaça sofrida durante a abordagem policial à mensagem encontrada no celular e acreditou que a namorada era autora das denúncias. “Ele comprovou na caixa de mensagem que uma das vítimas matinha contato telefônico com um suposto policial militar. Desta forma entendeu [que ela o tinha delatado] e premeditou a morte dessas meninas e, encontrando com elas, acabaram consumando o delito”, afirma o delegado.

Polícia faz perícia em local onde jovens foram encontradas mortas (Foto: Mariana Martins/TV Anhanguera)Jovens foram achadas mortas no Morro do
Mendanha (Foto: Mariana Martins/TV Anhanguera)

Das vítimas, duas eram namoradas de integrantes da quadrilha. As outras duas eram usuárias de drogas, segundo a polícia, e também eram amigas dos suspeitos, mas não tinham relação amorosa com eles. Todas elas foram levadas em um carro até o Morro do Mendanha após encontrarem com os rapazes em uma boate com a promessa de que seriam levadas para casa.

“Segundo consta nas investigações, elas possivelmente foram lubridiadas pelos autores, até porque duas delas mantinham relacionamento amoroso com dois deles e dessa forma acreditavam que iriam para casa”, explica Polati. “Segundo depoimento de um dos menores, ele admitiu que no meio do caminho mudou a rota e falou para elas que elas seriam mortas justamente em razão dessas delações”, conclui.

Chacina
O crime aconteceu no dia 8. Com depoimentos de amigos e familiares das vítimas, a polícia apurou que as jovens permaneceram em uma boate no Setor Vera Cruz, até por volta das 3 horas da manhã do dia do crime e as execuções aconteceram cerca de 30 minutos depois. As câmeras de segurança que ficam em frente à boate não funcionavam no dia do crime.

Duas delas, as adolescentes de 15 e 16 anos, foram enterradas no Cemitério de Trindade, na Região Metropolitana. O corpo de uma das jovens de 19 anos foi em Araguaína (TO), onde ela nasceu. A outra vítima de 19 anos foi enterrada em Itapuranga, a 166 km de Goiânia.

fonte g1 goias

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