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Terapeuta recolhe animais feridos e abandonados: ‘É um amor diferente’.
Evento disponibiliza animais para novos donos, mas analisa candidatos.
Amante dos animais e voluntária de uma feira de adoção que ocorre neste domingo (21), em Goiânia, a terapeuta Rosa Maria Lima abriga 20 cães em sua casa até que outras pessoas se interessem em adotá-los. A maioria dos animais recolhidos por ela foi abandonada ou tinha algum tipo de problema de saúde.
Há três anos, a residência de Rosa se tornou o lar temporário destes bichos. “Morro de dó, de pena. Eu gosto muito [de animais]. É um amor diferente, um amor incondicional que eles ensinam para gente”, declara.
Alguns casos são especiais, como o da cadela Flor, encontrada com fome na rua. Diagnosticada dias depois com hiperatividade, ela não para quieta, o que dificulta a adoção.
Já Clarinha foi encontrada com as patas machucadas em um dia bastante chuvoso. Hoje, após uma cirurgia, ela está completamente recuperada e pronta para receber o carinho de uma nova família.
Feira
A feira ocorre das 9 às 14 horas, no Araguaia Shopping, no Setor Central. Além de cães, gatos também serão colocados para adoção. Todos eles já foram castrados e receberam todas as vacinas e vermífugos.
Segundo a bióloga Crys Vieira, que também é voluntária, os candidatos a adotar tem que estar ciente do que representa ter um animal em casa.
“A gente conscientiza, na hora da adoção, que o animal vive em média 12 anos. É um tempo longo. A gente não quer que aquele animal que já sofreu, volte a passar por isso. Então a gente faz a entrevista, conversa com a pessoa. Se ela estiver apta, a gente doa”, explica.
Exemplo
A feira é uma forma de encontrar pessoas que descubram o prazer de se adotar um animal. É o que aconteceu com o encarregado de gestão Marcelo Alexandre, que decidiu ficar com o Dexter após ver uma foto em uma rede social.
“Dexter veio de uma ninhada de quatro filhotes que seriam abandonados pela dona dos animais por ser uma raça mestiça. Eu fiquei muito tocado em ter um novo animal”, lembra.
Mas ele não parou em um único bicho. Três anos depois, ele adotou a Pituca, que vivia nas ruas e se alimentava de restos de comida dada por comerciantes.
“Resolvi abrir minha casa como lar temporário. Mas com o passar do tempo, ela foi se apegando a nós e falei que iria assinar os papéis e adotar mais um cachorro. Agora é uma dupla”, conta.
