A contração do empréstimo só será possível graças à promessa de federalização da estatal goiana, firmada no final de agosto
Dirigentes da CelgD e da CelgPar assinaram na noite desta terça-feira (2/9) o contrato de empréstimo de R$ 1,9 bilhão com a Caixa Econômica Federal. Dentre os destinos do montante está o investimento de R$ 300 milhões na rede elétrica do Estado, além do pagamento às prefeituras goianas de R$ 30 milhões de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).
De acordo com o vice-presidente da CelgPar e diretor de regulação da CelgD, Elie Chidiac, os documentos foram assinados por ele, pelo diretor-presidente da CelgPar, José Fernando Navarrete, e pelo diretor de relações com investidores, Braulio Afonso Morais, além do presidente da Celg Distribuição, Leonardo Lins de Albuquerque, e do diretor financeiro da empresa, Oscar Alfredo Salomão Filho. O acordo foi ratificado pelos procuradores das duas companhias.
A contração do empréstimo só será possível graças à promessa de federalização da estatal goiana, firmada em 26 de agosto. O acerto de compra e venda de 51% das ações para a Eletrobras motivou diversas críticas por parte da oposição, que alega que a negociação prejudica o Estado e teria cunho eleitoral. Governistas refutam as críticas e defendem que a assinatura se dá após estudos e que a transferência renderá bilhões aos cofres estaduais após a prorrogação por mais 30 anos da concessão de exploração.
Na última segunda-feira (1º) o jornal Valor Econômico noticiou que a negociação deixou a direção da Eletrobras dividida. A votação que antecedeu a assinatura da promessa se deu com uma abstenção, um voto contrário e seis a favor, sendo que pelo menos três desses seis teriam sido proferidos de forma “contrariada”.
Uma entrevista coletiva está prevista para esta quinta-feira (4) para tratar sobre o contrato de empréstimo firmado com a Caixa Econômica.