Juiz desmembra julgamento de réus pela morte de Valério Luiz e marca primeiro júri, em Goiânia

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Juiz desmembra julgamento de réus pela morte de Valério Luiz e marca primeiro júri, em Goiânia
15-10-2019
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Radialista foi morto a tiros em 2012, logo após sair do trabalho. Cinco pessoas respondem pelo crime e devem ser julgadas em três sessões diferentes, conforme decisão.

O juiz Jesseir Coelho de Alcantara determinou, nesta terça-feira (15), que o julgamento da morte do radialista Valério Luiz de Oliveira seja dividido em três sessões, em Goiânia . O magistrado separou os réu voltando a dizer que não há estrutura  para julgá-los em uma única sessão.

Diretor do Foro da Comarca de Goiânia, Paulo César Alves das Neves disse, por telefone, que há uma obra andamento no Fórum Cível desde outubro deste ano justamente para comportar esse tipo de julgamento.

“O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) trabalha para deixar o local em condições de realizar júris complexos até janeiro de 2020. Estamos esperando uma licitação para compra de materiais, mas, se quiser, poderá marcar todos para a partir de fevereiro”, explicou.

De acordo com a decisão, o primeiro a passar pelo júri será o réu Ademá Figuerêdo Aguiar Filho: às 8h30 no dia 19 de fevereiro de 2020. Ele é apontado nos processos como o executor do homicídio.

O magistrado determinou que a segunda sessão julgue os réus apontados como partícipes – Djalma, Urbano e Marcus Vinícius – e, por último, de Maurício Borges Sampaio, considerado o mandante do crime nas investigações. As datas desses julgamentos ainda não foram definidas.

O radialista foi morto a tiros em 2012 , logo depois de sair da rádio onde trabalhava, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Acusados de matar o jornalista Valério Luiz, em Goiânia, Goiás — Foto: Montagem/ G1

O advogado José Coelho de Oliveira, que representa Ademá e Djama, disse que ainda não teve acesso ao documento, mas que, assim que tiver, irá analisá-lo.

Já Maurício Borges Sampaio informou, por meio da assessoria de imprensa, “ser inocente das acusações e é um dos principais interessados na busca da verdade. Disse ainda que sempre esteve à disposição das autoridades e espera ter a oportunidade de provar sua inocência” (veja nota abaixo na íntegra).

tentamos  contato com demais representantes dos réus por mensagens, no início desta tarde, e aguarda posicionamento acerca da decisão.

Investigação

A Polícia Civil concluiu, em fevereiro de 2013, que cinco pessoas participaram do crime. O inquérito possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos.

Seguindo a conclusão da polícia,  a promotoria  apontou que Maurício Sampaio foi mandante e que Urbano de Carvalho Malta contratou o cabo da Polícia Militar Ademá Figueiredo para matar o cronista.

Ainda segundo o documento, o açougueiro Marcus Vinícius participou do planejamento do crime. Já o PM Djalma da Silva foi indiciado por atrapalhar as investigações da polícia.

Conforme a denúncia, o crime foi motivado pelas críticas constantes do radialista à diretoria do Atlético, da qual Maurício Sampaio era, na época, vice-diretor.

O documento destacava que os comentários geraram entre Sampaio e Valério Luiz “acirrada animosidade e ressentimento” por parte do acusado.

Nota na íntegra da defesa de Maurício Sampaio:

“Maurício Borges Sampaio afirma ser inocente das acusações a ele imputados, razão pela qual é um dos principais interessados na busca da verdade.

Informa que há sete anos sofre consequências de uma acusação injusta em virtude de investigação negligente por parte da Polícia Civil.

Esclarece ainda que sempre esteve à disposição das autoridades e espera ter a oportunidade de provar sua inocência.

O empresário e pai de família, cuja longa trajetória de vida é de trabalho, continuará trabalhando, zelando pelo seu nome e acreditando na justiça, na qual acredita que por fim será inocentado”.

Maurício Sampaio — Foto: Cristiano Borges / O Popular

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