Marconi é vaiado até onde antes reinava: em Anápolis

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Marconi é vaiado até onde antes reinava: em Anápolis
24-05-2014
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Tucano tentou se defender das vaias elogiando e citando Gomide e Dilma Rousseff. Não funcionou

O governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), foi vaiado nesta quinta-feira, 23 de maio. Ao lado da presidenta Dilma Rousseff (PT), durante a inauguração da ferrovia Norte-Sul, o tucano teve sua rejeição palpável em Anápolis, onde sempre reinou. Em território anapolino, Marconi sempre venceu a eleição para governador com relativa folga – da última vez, em 2010, com larga vantagem. Nesta quinta-feira, no entanto, foi diferente. Aproximadamente 100 pessoas gritaram contra a sua presença no evento.

A reação foi agressiva. Como de costume, em ocasiões onde écontestado pela platéia, o tucano partiu para o contra-ataque. Depois de ser chamado de “mentiroso” por um anapolino, o governador engrossou a voz, negou o adjetivo e emparedou o ex-prefeito da cidade, Antônio Gomide: “Perguntem para ele (Gomide), que está aqui!”.

O constrangimento foi geral. Gomide não respondeu. E tudo começou quando, em seu discurso, Marconi se vangloriou de protagonizar uma “grande parceria” com Anápolis. Destacando a presença de Gomide, que também é pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas, o governador lembrou o bom relacionamento que manteve com o petista e disse que “nunca” negou um pedido do então prefeito.

– Mentira!, gritou uma pessoa da plateia.
– Mentira, não! Perguntem ao ex-prefeito, que está aqui, respondeu Marconi com a voz nitidamente alterada.

A indignação de Marconi com o protesto não se restringiu, no momento, ao timbre de voz. Sua pele ficou corada enquanto acenava impaciente com as mãos pedindo o fim das vaias. O aceno contagiou até mesmo a presidenta Dilma Rousseff, que também pediu calma aos trabalhadores.

A partir de então, seu discurso foi esvaziado e, rapidamente, passou a focar nos inúmeros elogios à presidenta. “Sou um homem de muitos defeitos. Mas sou grato. E serei sempre imensuravelmente agradecido à senhora por ter permitido o avanço deste Estado. Graças aos investimentos do Governo Federal, andamos para frente”, disse.

Logo depois foi a Dilma quem falou. Em clima descontraído, a presidenta utilizou Marconi como prova do amadurecimento político da União. “Isso mostra que pensamos primeiramente no povo. Auxiliamos os Estados independente do partido, credo ou opção futebolística dos governadores que os representam”, afirmou.

Dilma se disse republicana e lembrou, dentre outros assuntos, do empenho do Governo Federal para concluir as duplicações de rodovias em Goiás e construção de viadutos.

A solenidade foi encerrada com o fim do discurso da presidenta. Muito aplaudida pela plateia, ela continuou no espaço e aproveitou para tirar fotos ao lado de companheiros de partido. Com os deputados Mauro Rubem, Luís Cesar Bueno e Karlos Cabral, posou para uma selfie.

O governador, por sua vez, saiu rápido. Acompanhado da senadora Lúcia Vânia (PSDB), que também herdou um resquício de vaia, e por sua assessoria, igualmente irritada com as manifestações, Marconi deixou o auditório improvisado no Porto Seco

sem

grandes considerações.

O episódio não foi isolado. Em menos de uma semana, o governador foi vaiado em duas cidades onde visitou. Primeiro, em Luziânia. Durante um encontro dos partidos de sua base aliada, Marconi encontrou jovens dispostos criticá-lo. A reação não foi menos agressiva. Mas a repercussão foi menor.

Em março de 2014, Marconi ouviu vaias também na formatura dos jovens do Pronatec, em Goiânia, e durante sua visita a Buriti Alegre, há duas semanas. Foi vaiado pelos alunos da rede estadual, de Rio Verde, e pelos moradores da região Noroeste da Capital, durante a abertura do Governo Junto de Você. Foi também vaiado na entrega de carros para a Agrodefesa e por manifestantes em Catalão.

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Um comentário

  1. Eu estava lá, não foram só 100 pessoas que vairam Perillo, pode multiplicar isso algumas vezes.

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