MP denuncia 14 dos 15 vereadores de Caldas Novas por fraude na Saúde

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MP denuncia 14 dos 15 vereadores de Caldas Novas por fraude na Saúde
04-08-2015
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Também foram acionados um deputado estadual e dois ex-secretários.
Pacientes indicados por eles tinham prioridade no atendimento, diz promotor.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou 14 dos 15 vereados de Caldas Novas, no sul goiano, por fraude no sistema de regulação do sistema de saúde municipal. Também foram acionados o deputado estadual e ex-vice-prefeito, Marco Aurélio Palmerston Xavier, conhecido com Marquinho Privê (PSDB),  dois ex-secretários de Saúde do município e um servidor comissionado. A população cobra explicações dos políticos.

Conforme a denúncia feita em 24 de julho, os políticos exerceram tráfico de influência dentro da Secretaria de Saúde. Pacientes indicados por eles recebiam atendimento prioritário, de forma irregular, em consultas, exames e cirurgias. Assim, a prioridade não era para os casos mais graves, mas para as pessoas conhecidas dos políticos.

O esquema funcionou entre 2013 e 2015. Os vereadores denunciados são: Cláudio José da Costa (PMDB), Arlindo Cardoso Dantas (PDT), Ednaldo Parreira Barbosa (PSDB), Geraldo Célio Pimenta (PSDB), Gilmar Gonçalves de Melo (PSB), Marcos Castello (PTB), Josimar Clemente de Oliveira (PRTB), Marim de Campo (PSDB), Otaviano Vieira (PP), Rodrigo Lima (PTB), Saulo da Silva (PSDB), Antônio Marcus da Silva (PMN), Wanderson dos Santos (PSL) e Zélia Maria da Silva (PTC).

Autores da ação, os promotores de Justiça Pedro Benatti, Rafael de Oliveira e Cristhiano Caires constataram que a lista especial era autorizada pelo então secretário Mauro Henrique Palmerston e, posteriormente, pelo secretário Luciano Filho. O servidor João Adalberto, por ordem desses gestores, fazia os agendamentos.

De acordo com os promotores, a lista paralela beneficiou 100 moradores. A estimativa é que o esquema causou prejuízo de R$ 100 mil aos cofres públicos.

O atual secretário de Saúde de Caldas Nova, David Antônio Costa Barros,  está no cargo há dois meses. Ele prefere não se pronunciar sobre a denúncia. Para evitar que este tipo de fraude ocorra, a Prefeitura de Caldas Novas se comprometeu com o MP-GO a criar um novo modelo de atendimento.

Protesto
Na segunda-feira (3), moradores participaram da primeira sessão na Câmara após o recesso de julho. Com cartazes e adereços de palhaço, eles cobraram explicações dos políticos. “Que investigue e seja tudo relatado certinho para que a gente possa ter certeza se são culpados ou não”, disse Jhonathan Cristoffer.

Os manifestantes vaiaram o vereador Tony Marcos (PMN) durante o discurso. “Eu, juntamente com outros colegas, fomos injustiçados”, disse o político.

O parlamentar Arlindo Ceará também negou envolvimento. “Vendo meu nome relacionado dentro dessa investigação eu vi aqui que as coisas são ‘ouvi dizer’, são banais”, criticou.

Já a vereadora Zélia Maria da Silva confirmou que encaminhou moradores para a Central de Regulação. No entanto, ela defende que a atitude não se trata de um crime: “Nossa obrigação, dever, é encaminhar e isso eu sempre fiz e vou continuar fazendo”.

Os demais políticos não quiseram se pronunciar sobre a denúncia. O deputado estadual Marquinho do Privê disse que só vai falar sobre o caso quando for notificado.

A reportagem entrou em contato com o ex-secretário de saúde Luciano Filho, mas ele não quis falar sobre o assunto. Já o outro ex-secretário denunciado, Mauro Henrique Palmerston não atendeu às ligações.

 

 

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