Operação Dieta de Risco prende funcionária da Secretaria de Saúde de Piracanjuba e dona de farmácia

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Operação Dieta de Risco prende funcionária da Secretaria de Saúde de Piracanjuba e dona de farmácia
06-04-2019
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Segundo a polícia, as duas mulheres são suspeitas de vender remédios para emagrecimento proibidos pela Anvisa. Prefeito da cidade diz que servidora será demitida.

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (5), uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Piracnjuba e a dona de uma farmácia da cidade durante a Operação Dieta de Risco. As duas são suspeitas de comercializar remédios para emagrecimento proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo o delegado da cidade, Leylton Barros, uma pessoa que tomou o medicamento chegou a ser hospitalizada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após passar mal.

“O que chamou a atenção, em relação às duas presas, é que uma trabalha na secretaria municipal de Saúde e as investigações apontaram que ela comercializava o produto lá dentro do órgão público, ou seja, total sensação de impunidade. E a outra é proprietária de uma farmácia localizada no setor Central, onde também foi encontrado produto lá. Pessoas que trabalham em órgãos vinculados à saúde e causando mal para pessoas”, afirmou o delegado.

De acordo com ele, a servidora é comissionada e representantes da secretaria municipal deverão ser ouvidos neste caso. não conseguimus localizar a defesa das mulheres presas, nem o contato da empresa que fabrica o Natu Diet, apreendido durante a operação.

Já sobre a situação da funcionária pública, o prefeito de Piracanjuda, João Barbosa (PMDB), afirmou que a mulher será desligada da secretaria. “Prefiro conhecer melhor os fatos para depois me manifestar, no entanto a demissão é certa”, informou o prefeito.

Ainda segundo o delegado Leylton Barros, as investigações começaram a partir de uma denúncia anônima.

“Uma pessoa alegou ter comprado o produto em Piracanjuba e após sua ingestão teria passado muito mal, sendo levada inclusive para a UTI. A partir disso, nós fizemos diversas diligências que revelaram uma rede de distribuição do medicamento. Conseguimos identificar algumas pessoas que estavam comercializando o remédio em Piracanjuba e, inclusive, mandando esse medicamento para outras cidades próximas”, informou.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e também de prisão contra as suspeitas.

“A busca e apreensão ocorreu tanto nas residências, quanto no local de trabalho delas. Em todos os lugares que a polícia revistou, encontrou este produto. Foram mais de 1600 comprimidos, muitas cápsulas, muitos potes e frascos intactos, prontos para a venda, outros já abertos”, afirmou o delegado.

Ele informou ainda que as suspeitas vendiam os produtos por meio de perfis nas redes sociais. A entrega era feita por terceiros. Os outros envolvidos no comércio ilegal também serão responsabilizados pelo crime.

“As investigações vão prosseguir, porque, além das duas, nós já temos identificadas outras pessoas. Só que estamos organizando mais provas para pedir também a prisão e a busca e apreensão. Nós entendemos que, pelo menos, mais duas ou três envolvidas, deverão ser presas nesta operação na semana que vem”, disse Leylton.

Para ele, a partir das prisões, outras vítimas devem procurar a delegacia.

“Nós já identificamos mais duas pessoas que usaram o produto e passaram mal. Tiveram fortes dores de cabeça, náuseas, enjoo, vômitos. Elas serão ouvidas na semana que vem. Mas nós acreditamos que após a prisão, muitas outras vão procurar a delegacia para denunciar”, destacou.

Funcionária da Secretaria de Saúde de Piracanjuda e empresária foram presas  — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O delegado afirmou também que as duas mulheres foram levadas para o presídio de Piracanjuba.

“Após a prisão, as duas foram submetidas à audiência de custódia no fórum da cidade e a juíza e a promotora entenderam, por bem, manter a prisão das mesmas e elas se encontram no presídio”, afirmou, ressaltando que elas responderão pelo crime previsto no art.273, §1º, do Código Penal, que pune quem vende medicamentos sem autorização da Anvisa. “As penas variam de 10 a 15 anos de prisão”, completou.

Remédio ilegal foi achado na farmácia de uma das presas e também na casa   — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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