Vereador ri e manda beijinho ao ser preso suspeito de ‘rachadinha’ em Firminópolis;video

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Vereador ri e manda beijinho ao ser preso suspeito de ‘rachadinha’ em Firminópolis;video
06-03-2020
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Segundo delegado, ele foi detido em flagrante ao pegar parte do salário de servidor comissionado por ele. Rafael Modas alegou que estava recebendo por empréstimo feito.

Um vereador foi preso suspeito de praticar o crime conhecido como “rachadinha”, no qual um servidor público indicado por ele é obrigado a lhe repassar parte do salário. Logo após ser detido e colocado no carro da polícia, Rafael Barbosa de Sousa (PRP), conhecido como Rafael Modas, sorri, manda beijinhos e diz:

“Daqui a pouco mais notícias da minha inocência”.

O advogado de Rafael, Rafael Borges da Cruz, negou as acusações feitas ao seu cliente e disse que a prisão foi ilegal. Além disso, afirmou que o parlamentar não agiu em tom de deboche, mas sim porque foi provocado por adversários políticos.

Rafael foi preso em flagrante na quinta-feira (5), em uma praça em frente à prefeitura. Quando a reportagem foi publicada, às 8h40 desta sexta-feira (6), ele seguia detido. De acordo com a defesa, foi obtido um habeas corpus, ocasionando a liberação de Rafael por volta das 10h.

Segundo o delegado Tiago Junqueira, responsável pelo caso, ao ser abordado, o vereador negou o crime.

“Nós recebemos uma denúncia e começamos a monitorar. A gente conversou com o servidor, que confessou e indicou que iria repassar naquele dia. Fizemos o flagrante quando ele pegou o dinheiro. Na hora, o vereador afirmou que estava recebendo um empréstimo que havia feito, mas não conseguiu comprovar essa situação”, disse o delegado.

Ainda conforme Junqueira, o servidor comissionado foi indicado por Rafael e recebia R$ 2,4 mil, dos quais, R$ 1,4 mil tinham de ser repassados para o parlamentar.

O responsável pelo caso criticou a atitude do vereador após a prisão, classificando-a como “deboche”.

“Ele é debochado. Trata com descaso a coisa pública. Está sendo acusado de um crime contra a administração pública e debocha da população”, condena.

O delegado informou que após a prisão, Rafael passou por audiência de custódia, na qual foi arbitrada fiança de 25 salários mínimos. Porém, como não pagou, a detenção foi mantida até a emissão do habeas corpus.

A prática da “rachadinha” se enquadra no crime de concussão, quando o funcionário público obtém vantagem indevida. A pena em caso de condenação varia de 2 a 12 anos.

Advogado nega

O advogado de Rafael explicou a reação do vereador ao ser levado para a delegacia. “Ele estava sendo preso e alguns adversários políticos estavam soltando fogos de artifício do lado de fora. Ele não estava agindo em tom de deboche com a população nem com seus eleitores. Ele estava reagindo a uma provocação”, afirmou.

Em nota, a Câmara Municipal de Firminópolis informou estar “estarrecida” com a prisão e informou que irá entrar com um processo de cassação contra o vereador.

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