Adolescente esfaqueado durante briga que terminou com colega de escola morto diz que não percebeu que tomou facada e detalha confusão;

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Adolescente esfaqueado durante briga que terminou com colega de escola morto diz que não percebeu que tomou facada e detalha confusão;
22-02-2024
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Menor passou por cirurgia, mas recebeu alta e foi para casa. Delegado diz que briga foi motivada por uma discussão em um jogo online.

Um adolescente de anos, que foi esfaqueado na porta de uma escola durante uma briga em um colega morreu , disse que tentou correr ao ver um dos suspeitos em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O menor, que preferiu não se identificar, recebeu alta hospitalar e detalhou a confusão em entrevista.

 

“Quando eu tava descendo pra tentar correr, esse Kaio só me pegou e deu uma facada em mim. Só que na hora que eu tomei a facada eu não percebi”, detalhou.

Não  conseguimos  localizar as defesas dos envolvidos até a última atualização desta matéria.

O adolescente levou uma facada na barriga, precisou passar por cirurgia e recebeu alta na última quarta-feira (21). Segundo o delegado Wllisses Valentim, a briga na porta da escola foi motivada por uma discussão em um jogo online. O menor confirma.

“Sabia que essa briga ia rolar por causa de uma live ontem. Tava começando lá aí os dois começaram a se xingar e já marcou essa briga”, disse.

Segundo o adolescente, a facada não foi muito profunda. “Tinha cortado, se eu não me engano, foi o meu nervo. Só que tinha muito sangue no meu pulmão, aí ele foi e limpou lá, falou que tinha que fazer cirurgia”, finalizou.

Segundo o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), o outro adolescente que tem 15 anos continua internado em estado gravíssimo, entubado, porém com desmame da sedação e redução de drogas vasoativas.

Entenda o caso

O crime aconteceu no início da tarde de terça-feira (20), próximo ao Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, no bairro Calixtópolis. De acordo com o delegado, o irmão mais velho de um dos adolescentes que estava participando da briga chegou ao local acompanhado da mãe para tirar satisfação com os estudantes. A mulher, de 43 anos, segurava um martelo e o rapaz, de 20, estava com uma faca.

Um vídeo registrou a confusão. As imagens mostram um grupo de alunos reunidos próximo à escola. A mulher, que segura um martelo, se aproxima acompanhada dos dois filhos. Ela começa a falar com o grupo, como se estivesse tirando satisfação sobre alguma coisa.

Momentos depois, os ânimos se afloram e os dois filhos da mulher começam a brigar com os estudantes. A mulher também entra no meio da briga e em alguns momentos até a ameaça os garotos com o martelo.

Mãe e filhos acabaram atingindo três estudantes. Um deles morreu na hora e os outros dois foram internados no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana).

Motivação

Uma discussão em um jogo online foi o que motivou uma briga na porta da escola pública, segundo o delegado Wllisses Valentim.

“Os meninos fizeram uma live ontem em um joguinho online e, no meio da live, outro garoto entrou e começou a fazer ofensas. Então, eles combinaram de se encontrar na saída da escola, hoje, para resolver essas diferenças. Na saída da escola houve essa briga”, explicou o delegado.

Mãe e filhos levados à delegacia

A Polícia Civil informou que uma mulher, de 43 anos, e os dois filhos dela, de 15 e 20 anos, foram levados para a Central de Flagrantes de Anápolis. Os três são suspeitos de matar um estudante, de 14 anos, além de também terem ferido outros dois adolescentes.

A Polícia Militar divulgou um vídeo em que o suspeito de 20 anos confessa o crime. Ele afirma que agiu para defender a si mesmo e a própria família.

Versão de um suspeito

O jovem, de 20 anos, deu sua versão sobre o caso à Polícia Militar antes de ser levado para a delegacia. Em um vídeo, feito pelos próprios policiais, ele afirma que o irmão mais novo já vinha sofrendo ameaças dos estudantes na escola há alguns dias.

Na segunda-feira (19), o rapaz disse que ameaçou os estudantes, dizendo que se eles batessem no irmão dele, ele iria bater neles também. Durante a noite, afirma que foi ameaçado de morte pelos garotos por mensagens na internet.

Diante de tudo isso, no início desta tarde, o rapaz narra que foi até o colégio junto com a mãe para tirar satisfação sobre a situação. O jovem afirma que agiu para defender a própria família, já que, durante a discussão, foi empurrado e agredido.

“Eles vieram tudo pra cima da minha mãe e do meu irmão. Bateram na minha mãe, bateram no meu irmão, veio para cima de mim e eu puxei a faca. Eu tinha que me defender, defender minha família”, justificou.

Mãe e filho suspeitos de envolvimento na morte do adolescente aparecem em vídeo perseguindo alunos com martelo e uma faca durante a briga (veja acima).

Posicionamento

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que a briga ocorreu fora do ambiente escolar e por motivações pessoais. Disse ainda que a Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc se deslocou ao local para acompanhar o ocorrido, e que o Núcleo de Saúde e Segurança do Servidor e do Estudante da Seduc já acompanha o caso. Por fim, lamentou o ocorrido e disse que existem esforços para “promoção de uma cultura da paz”.

Nota da Seduc na íntegra

“Em atenção à solicitação de informações sobre ocorrência envolvendo estudantes do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, em Anápolis, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informa:

A briga ocorreu nesta terça-feira, 20/12, fora do ambiente escolar. Infelizmente, um dos envolvidos, ex-aluno do Colégio, faleceu em decorrência dos ferimentos. Conforme informações preliminares, os desentendimentos entre os estudantes têm motivos pessoais;

Assim que informada, a Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc se deslocou para Anápolis, onde acompanha o atendimento aos envolvidos, a escola e o trabalho das autoridades policiais;

Ainda com vistas à assistência e apoio à escola e, em especial, a estudantes e suas famílias, a equipe do Núcleo de Saúde e Segurança do Servidor e do Estudante da Seduc já acompanha o caso;

 A Seduc lamenta profundamente o ocorrido, sobretudo quando envolvem estudantes da rede pública estadual. Todos os esforços têm sido feitos no sentido da promoção de uma cultura da paz.”
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