Começou a defesa da Petrobras

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Começou a defesa da Petrobras
17-04-2014
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Após pedido de Lula, Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster, saem em defesa da estatal

Menos de uma semana depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedir ao governo uma defesa “com unhas de dentes” da Petrobras, a estratégia foi colocada em prática. Nesta segunda-feira 14, a presidenta Dilma Rousseff, a presidente da estatal, Graça Foster, e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) saíram em defesa da empresa, que há semanas sofre com inúmeras denúncias de irregularidades envolvendo seus negócios.

Em Ipojuca (PE), onde participou da cerimônia de batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, e da entrega do petroleiro Dragão do Mar, Dilma disse que as denúncias sobre a estatal serão apuradas com “o máximo de rigor”, masadotou um tom firme e de cunho nacionalista para rebater o que chamou de “campanha negativa daqueles que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem” da Petrobras. “Não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem esse país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa”, afirmou Dilma. “A Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas”, disse.

Dilma ainda criticou as análises feitas a respeito do valor da Petrobras. “Manipulam os dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente a realidade do mercado mundial de petróleo para transformar eventuais problemas conjunturais de mercado em irreversíveis. E aproveitou para comparar os investimentos da estatal nos governos do PT e no de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil. Foram US$ 306 bilhões, de 2003 a 2013. Sendo que o ano passado chegou a US$ 48 bilhões. É importante lembrar que em 2002, foram investidos apenas US$ 6,6 bilhões” disse.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, foi mais comedida na defesa da estatal. Também em Ipojuca, Foster disse “acreditar mil vezes” na Petrobras e pediu esforço dos funcionários. “Nesse momento preciso muito da energia de todos vocês”, afirmou.

Também nesta segunda-feira, a Petrobras ganhou a defesa da Federação Única dos Petroleiros (FUP), organização que apoiou a eleição de Dilma Rousseff em 2010. A FUP fez pela manhã um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes, um dos objetivos da manifestação é impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, para investigar casos de corrupção na empresa.

“Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso, como a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) que, inclusive, é um órgão do Legislativo. A CPI tende a virar um palco da disputa política presidencial. A disputa eleitoral é legítima, mas não deve envolver o principal agente da economia brasileira [a Petrobras]”, disse Moraes. Segundo Moraes, a ideia do protesto é mostrar à população e aos trabalhadores da estatal que a CPI pode ser nociva à imagem da empresa. “Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o Brasil. A Petrobras é responsável hoje por 11% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]”, afirmou o sindicalista.

Denúncias

A Petrobras tem sofrido com investigações nas últimas semanas. A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, é a que tem maior potencial explosivo contra o Planalto. Em 2006, a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por 50% da refinaria americana. O valor é muito superior ao pago um ano antes pela companhia belga Astra Oil pela refinaria inteira (42,5 milhões de dólares). No inicio do mês, a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma sindicância para apurar as denúncias de pagamento de suborno por parte da empresa holandesa SBM Offshore a empregados da Petrobras. A compra da refinaria no Texas, em 2006, com o aval da presidenta Dilma, então ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, foi embasada em um parecer técnico “falho”, segundo admitiu o próprio governo.

A Petrobras também entrou no noticiário após a PF deflagrar a Operação Lava Jato, que levou à prisão, entre outros, o doleiro Alberto Youssef. Segundo a revista Época, a polícia apreendeu documentos na operação que indicam o pagamento de propinas por companhias com contratos com a Petrobras. Os valores eram depositados na conta de uma empresa do doleiro Alberto Youssef. As negociações também contariam com a participação do ex-diretor de abastecimento Petrobras Paulo Roberto Costa, preso desde 20 de março. O esquema de lavagem de dinheiro pode ter movimentado 10 bilhões de reais em quatro anos. O escândalo respingou no colo do agora ex-vice-presidente da Câmara, o deputado André Vargas (PT-PR), que viajou nas férias com um jato emprestado pelo doleiro, a quem prometia ajuda em uma conversa telefônica interceptada.

Com informações da Agência Brasil

 

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