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Polícia Federal encontrou uma troca de mensagens entre o coronel e Mauro Cid onde discutiam o planejamento e os desdobramentos da minuta do golpe
Neste domingo, 11, foi preso o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto, um dos alvos dos mandados do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, como parte da operação da Polícia Federal deflagrada na quinta-feira, 8. O coronel estava em missão nos Estados Unidos, prevista para durar até 2025, mas foi preso ao desembarcar em Brasília.
A prisão aconteceu após a Polícia Federal encontrar mensagens trocadas entre o coronel e Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob suspeita de participarem da preparação para a tentativa de um golpe de Estado. Durante essa troca, eles discutiam o planejamento e os desdobramentos da minuta do golpe.
O coronel faz parte dos Kids Pretos, força de elite do Exército. Atualmente, reúne 2,5 mil militares em suas fileiras, contando com homens da ativa e da reserva. Corrêa Neto está detido no Batalhão da Guarda Presidencial e passou por audiência de custódia ainda na manhã de domingo, às 11hrs, a informação foi inicialmente divulgada pelo site G1. Na audiência de custódia, o preso foi ouvido por um juiz para que fossem avaliadas eventuais ilegalidades na prisão.
Desde quinta-feira, 8, outros alvos de mandados de prisão já foram detidos e passaram por audiências de custódia, entre eles, estão os militares Marcelo Câmara e Rafael Martins. Câmara foi ouvido no Batalhão da Guarda Presidencial e Martins no Comando da Artilharia Divisionária da Divisão do Exército. Também houve audiência com Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, na sede da Polícia Federal do Paraná.
Além deles, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também foi preso em flagrante por posse ilegal de arma e pela posse de uma pepita de ouro. Moraes concedeu liberdade provisória a Neto. O ministro do STF considerou argumentos da PGR (Procuradoria-Geral da República) pela liberdade provisória do investigado, levando em conta a idade avançada do político, 74 anos, e o fato de que o caso não envolveu violência ou grave ameaça.
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