Homens são presos suspeitos de se passarem por diretores de bancos e darem golpe de R$ 9 milhões em empresários e fazendeiros

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Homens são presos suspeitos de se passarem por diretores de bancos e darem golpe de R$ 9 milhões em empresários e fazendeiros
12-02-2024
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Segundo a polícia, entre as vítimas está uma procuradora, que repassou R$ 1 milhão e recebeu em troca uma mala cheia com dólares falsos. Com um dos suspeitos, policiais acharam quase R$ 40 mil em espécie.

A Polícia Civil prendeu Gilberto Rodrigues de Oliveira e Girlandio Pereira Chaves, em Goiânia, suspeitos de se passarem por diretores de grandes bancos para aplicar golpes em empresários e fazendeiros de diferentes estados do país. Entre as vítimas está uma procuradora, que repassou R$ 1 milhão e recebeu em troca uma mala cheia com dólares falsos (veja vídeo dos dólares apreendidos abaixo). Com um dos suspeitos, policiais acharam quase R$ 40 mil em espécie.

Terceiro suspeito, identificado como Luciano Oliveira Gomes, continua foragido. Segundo as investigações, ele e os outros dois homens se passavam por diretores de grandes bancos, principalmente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo era enganar fazendeiros e empresários com a proposta de liberação de empréstimos multimilionários, a troco de uma porcentagem a título de comissão.

Entramos  em contato com a defesa de Gilberto para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria. A reportagem, porém, não localizou a defesa dos outros dois suspeitos.

Há evidências que indicam que o trio vem praticando esse tipo de golpe desde 2018. Em Goiás, sete vítimas foram identificadas e, juntas, tiveram prejuízos que chegam a R$ 4,7 milhões. Mas, tudo indica que existem inúmeras outras vítimas por todo país.

Prova disso, segundo a polícia, é que o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, denúncia sobre essas fraudes, em maio do ano passado.

O delegado do caso, Daniel Oliveira, detalha que para convencerem as vítimas, os suspeitos marcavam seus encontros em espaços sofisticados e sempre se vestiam de forma requintada. Em imagens divulgadas pela polícia é possível ver os homens com ternos.

“A gente não sabe [ se eles ostentavam uma vida de luxo ], porque eles eram discretos quanto a isso, não mantinham redes sociais. Mas sempre estavam muito bem trajados, alugavam espaços sofisticados, faziam várias reuniões em bons hotéis, e ofereciam para as vítimas condições especiais para empréstimos milionários”, explicou o delegado.

Golpe contra procuradora

Mandados de prisão foram cumpridos na última sexta-feira (9), na capital. Segundo o delegado, o que tornou possível a prisão do trio foi a aplicação de um golpe de R$ 1 milhão contra uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, no final de dezembro do ano passado.

A vítima buscava um empréstimo multimilionário e, segundo a polícia, para passar a impressão de que o valor fosse pago, os homens entregaram a ela uma bolsa cheia de falsos dólares e fugiram com o dinheiro verdadeiro. Com Gilberto, foram encontrados e apreendidos R$ 39,1 mil em espécie.

Por conta deste golpe, a polícia autuou os suspeitos por estelionato e associação criminosa. Mas segundo a polícia, todos eles já têm antecedentes pelos mais diversos crimes.

Outros golpes

O delegado do caso também revelou que o trio é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, por aplicar um golpe de R$ 3,2 milhões, no DF. A polícia de lá chegou a cumprir mandados de busca e apreensão em Goiânia, em junho de 2023, mas não os encontrou.

Fora isso, as investigações também descobriram que existia um mandado de prisão em aberto contra Girlandio, aberto pela Justiça do Espírito Santo, de onde ele fugiu em maio de 2016, após ter sido beneficiado com progressão de pena para o regime aberto por um crime de roubo qualificado.

O nome e fotos dos suspeitos estão sendo divulgadas pela Polícia Civil de Goiás na tentativa de que mais vítimas procurem a delegacia para denunciá-los.

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