Documento do órgão mostra que Washington Fabiano Rodrigues Dorado, detido em Anápolis, a 55 km de Goiânia,
O líder da quadrilha internacional de tráfico de drogas, preso em operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (4), contava com o auxílio de vários familiares, segundo o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO).
Documento do órgão mostra que Washington Fabiano Rodrigues Dorado, detido em Anápolis, a 55 km de Goiânia, tinha ajuda da esposa, do irmão, da cunhada e até mesmo da mãe para nas ações criminosos, sendo que cada um tinha uma função específica dentro do grupo.
Segundo as investigações, a quadrilha comprava drogas no Paraguai para revender em Goiás, Pará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. A suspeita é que o grupo tenha movimentado R$ 1 bilhão. Ao todo, 27 pessoas haviam sido detidas até o fim desta tarde na operação, chamada de Cavalo Doido.
Washington foi preso junto com a esposa, Nathália da Silva Dorado Rodrigues, considerada a contadora do grupo. Todos os bens do casal adquiridos com dinheiro do tráfico eram colocados em seu nome ou no da mãe dela, Edilene Bernardo da Silva, diz o MPF.
O chefe da quadrilha contava ainda com o auxílio do irmão, Ubirajara Rodrigues Vieira Júnior, que recebia e guardava a droga assim que ela chegava a Goiás. Apesar de já ter sido preso antes da operação, segundo o MPF, ele coordenava o tráfico de dentro da cadeia.
Para isso, Ubirajara contava com o auxílio da esposa, Vânia de Souza Farias, cunhada de Washington. Além de ajudar nas operações de transporte das drogas, ela também atuava ajudando na contabilidade do grupo.
Conforme o MPF, até mesmo a mãe de Washington, Wilma Fabiano Vieira, tinha participação no esquema. Quando Vânia, sua nora, foi presa, seu outro filho, Ubirajara ligou questionando se esposa havia deixado algum dinheiro com ela. A mulher respondeu que sim e que ele estaria no banco. Neste sentido, a investigação concluiu que Wilma tem conhecimento dos atos ilícitos dos filhos e noras, chegando, inclusive, a mudar o número de telefone por determinação deles.
Os criminosos contavam ainda com o auxílio de vários motoristas de “cavalo doido”, nome dado à operação e que diz respeito ao modo de transportar os entorpecentes. Os veículos utilizados tinham bancos e acessórios arrancados e todo o espaço era ocupado com grande quantidade de drogas, sem qualquer tipo de disfarce.
Carregado, o carro seguia em grande velocidade, sem paradas e sem respeitar qualquer tipo de sinalização ou autoridades públicas. O objetivo era evitar perdas e chegar o mais rápido possível ao ponto onde o entorpecente seria vendido.