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De acordo com o Cedatos, principal instituto de pesquisa do país, opositor Lasso ficou com 53,02% dos votos, contra 46,98% de Lenín Moreno, candidato do atual presidente, Rafael Correa. Outra pesquisa dá vitória a Moreno.
quisas de boca de urna apontam diferentes vencedores nas eleições presidenciais realizadas neste domingo (2), no Equador. De acordo com o Cedatos, um dos principais institutos de pesquisa do país, o opositor Guilhermo Lasso obteve 53,02% dos votos, contra 46,98% de Lenín Moreno, candidato apoiado pelo atual presidente Rafael Correa.
Outro instituto, o Perfiles de Opinion, mostrou 52,2% para Moreno e 47,8% para Lasso. Como a Cedatos é considerada um dos institutos mais confiáveis, apoiadores de Lasso comemoram como se a vitória fosse certa, disse a agência Reuters.
“Hoje um novo Equador nasceu, o Equador da democracia, o Equador da liberdade”, disse Lasso para os apoiadores, que gritavam: “Lasso presidente”, em sua cidade natal, Guayaquil.
No entanto, o adversário de Lasso também deu declarações otimistas. “Temos uma liderança muito confiável”, disse Moreno.
Pelo Twitter, o atual presidente, Rafael Correa, disse que as pesquisas eram contraditórias e que o correto seria esperar. “Temos que esperar os resultados oficiais…”, disse Correa.
Votação
Cerca de 12,8 milhões de cidadãos foram convocados às urnas para eleger seu presidente dos próximos quatro anos, entre o ex-vice-presidente Moreno e o ex-banqueiro de direita Lasso.
No primeiro turno eleitoral, em 19 de fevereiro, Moreno, do movimento Alianza País (AP), obteve 39,3% dos votos válidos, mas ficou a poucos décimos da vitória, que exige 40% dos votos e dez pontos de diferença em relação ao segundo colocado, de acordo com a lei.
Lasso, do partido conservador Creando Oportunidades (Creo) e principal líder da oposição, obteve 28,1% dos votos no primeiro turno.
Moreno, ex-vice-presidente de Correa entre 2007 e 2013, de 64 anos e paraplégico, promete fortalecer os benefícios sociais para mães solteiras, aposentados e deficientes. Ele diz que continuará a política de Correa de uma economia à serviço das pessoas de baixa renda.
Ele fala de seu adversário como um elitista que eliminaria as políticas de bem-estar social e o liga a uma crise financeira de 1999 que fez centenas de milhares de equatorianos perderem suas poupanças.
Lasso, de 61 anos, ex-presidente do Banco de Guayaquil – do qual é um dos maiores acionistas, junto com a sua família – fez campanha prometendo mais de um milhão de empregos. O candidato de oposição defende a necessidade urgente de apoiar empresas privadas e empreendimentos como geradores de riqueza e trabalho.
Ele respondeu ao seu adversário dizendo que Moreno está fazendo promessas impraticáveis, considerando a economia altamente endividada do Equador. Ele também acusa o partido governista, Aliança País, de encobrir escândalos de corrupção, sufocar a mídia e aparelhar instituições com seus seguidores.
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