Pior que corrupção para juiz Moro, caixa 2 é crime menos grave para Moro ministro

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Pior que corrupção para juiz Moro, caixa 2 é crime menos grave para Moro ministro
20-02-2019
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“Fomos sensíveis”, afirmou o ministro, dizendo que as reclamações eram razoáveis.
A criminalização

Em seus tempos de juiz, o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, não poupava palavras ao defender a criminalização do caixa dois. Trapaça, “especialmente reprovável” e “sem justificativa ética” foram algumas das expressões que o magistrado que conduzia a Operação Lava Jato usou para se referir ao uso de recursos não declarados em campanha.
“Muitas vezes [o caixa dois] é visto como um ilícito menor, mas é trapaça numa eleição”, afirmou o então juiz, por exemplo, durante audiência na Câmara, em agosto de 2016.

Nesta terça-feira (19), porém, ao justificar o fatiamento do pacote anticrime proposto pelo governo de Jair Bolsonaro, Moro afirmou ter atendido à queixa de alguns políticos de que “o caixa dois é um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, crime organizado e crimes violentos”.
“Fomos sensíveis”, afirmou o ministro, dizendo que as reclamações eram razoáveis.

A criminalização do caixa dois é um dos pontos do pacote que enfrenta maior resistência à aprovação no Congresso.
Moro ressalvou que o caixa dois, assim como a corrupção, é um crime grave. Mas assumiu um tom mais ameno do que quando, nas sentenças da Lava Jato, declarava que a prática causava “prejuízos ao processo político-democrático”.

Moro falava, na época, do caixa dois financiado com recursos de corrupção -o que, como sempre afirmou, era “até pior do que [a corrupção] para fins de enriquecimento ilícito”.
“Rigorosamente, a destinação da vantagem indevida em acordos de corrupção a partidos políticos e a campanhas eleitorais é tão ou mais reprovável do que a sua destinação ao enriquecimento pessoal, considerando o prejuízo causado à integridade do processo político-eleitoral”, escreveu o então juiz em sentença, dois anos atrás.

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