Quase 7 mil crimes contra mulheres são registrados em 1 ano, em Goiânia

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Quase 7 mil crimes contra mulheres são registrados em 1 ano, em Goiânia
08-03-2015
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Polícia Civil aponta que registros de ocorrências cresceram 14% em 2014.
Crime de ameaça é o mais denunciado; estupro teve o maior aumento.

Dados da Polícia Civil apontam que, no ano passado, foram registrados 6,9 mil crimes contra mulheres nas delegacias de Goiânia. Segundo os dados das duas Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher na capital, o número de denúncias cresceu 14% em relação ao ano de 2013.

O crime de ameaça é o que tem maior frequência de registros nos boletins de ocorrência da Polícia Civil: em 2014 foram 3.290 ameaças denunciadas nas delegacias. Já o número de estupros teve o maior aumento em comparação com 2013: subiu de 78 para 102 os casos registrados, o que representa 23,52% de aumento. Em seguida, aparecem os crimes de lesão corporal, com aumento de 16,91%, e injúria, com 16,23%.

Delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes destaca que o número de ocorrências registradas ainda não representa a realidade da violência contra a mulher. “Existem estudos que falam que apenas 10% dos casos de violência contra as mulheres são noticiados às autoridades que cuidam dessas situações. Então é importante incentivar as mulheres a denunciar seus agressores”, afirma.

Legislação
A delegada destaca a aprovação na última terça-feira (3), pela Câmara dos Deputados, da lei que torna crime hediondo o homicídio de mulher por razão de gênero, o chamado feminicídio.  O projeto foi encaminhado à sanção da presidente Dilma Rousseff e tem como objetivo tornar mais severa a punição ao agressor que mata a mulher por violência doméstica, sexual ou familiar.

“A existência do feminicídio dentro do Código Penal vem corar uma luta que vem sendo estabelecida há décadas pelos movimentos feministas, pelos grupos e organizações que defendem os direitos das mulheres”, afirma Ana Elisa.

“Acredito que ainda é necessária a implantação de diversas políticas públicas para que as pessoas se conscientizem e, na verdade, não seja necessária a aplicação da pena única e exclusivamente para corrigir uma conduta violenta. Mas com certeza [a lei] é mais um avanço, é um instrumento positivo”, destaca.

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