Servidores do Detran-GO e despachante são presos suspeitos de fraudar transferências de veículos
Quatro servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) e um despachante foram presos, nesta quinta-feira (21), suspeitos de fraudar transferências de, pelo menos 60 veículos, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, os funcionários do órgão lançavam no sistema vistorias que não tinham sido efetivamente realizadas pelos proprietários.
O delegado Gustavo Rigo suspeita que as fraudes eram usadas para fazer a transferência de veículos frutos de roubo e furto. “Com este procedimento engendrado por esta organização criminosa, eles poderiam transferir veículos, por exemplo, adulterados, que muito possivelmente são furtados ou roubados. Até porque a vistorias eram simuladas, elas, de fato, não ocorriam”, explicou.
Por conta da operação, a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Anápolis ficou fechada na manhã desta quinta-feira. O Detran-GO informou que os servidores envolvidos já foram afastados.
As prisões foram feitas dentro da segunda fase da Operação Intraneus, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). Cerca de 80 policiais participaram do cumprimento dos mandados em Anápolis, Mundo Novo e São Miguel do Araguaia.
Negociação
Entre o material apreendido pela polícia estão conversas entre uma servidora da Ciretran de Anápolis e um despachante. Segundo a corporação, em uma das conversas, um despachante fala com a servidora que precisa fazer 12 vistorias, e pergunta quanto ela cobraria para simula-las e, dias depois, cobra o procedimento da funcionária.
“Alguns servidores de Anápolis faziam a transferência de veículos, com a simulação de vistorias que deveriam ter sido realizadas. Durante as investigações nós identificamos pelo menos 60 veículos nesta circunstância. Ou seja, foram supostamente vistoriados pelos Ciretran de Mundo Novo e São Miguel do Araguaia e, em seguida, transferidos para Anápolis”, explicou o delegado.
Os presos foram encaminhados para a DERFRVA em Goiânia e, em seguida, foram encaminhados para o presídio de Anápolis.
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