Vigilante condenado por matar porteiro após discussão por bolinha de papel morre de Covid-19, em Itumbiara

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Vigilante condenado por matar porteiro após discussão por bolinha de papel morre de Covid-19, em Itumbiara
03-07-2021
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Administração Penitenciária disse que medidas de segurança foram reforçadas após diagnóstico do detento e que ele morreu em hospital. Wallas Gomes cumpria pena de 17 anos de prisão.

condenado a 17 anos de prisão  pela morte de um porteiro após uma discussão por causa de uma bolinha de papel, o vigilante Wallas Gomes de Lima, de 29 anos, morreu enquanto lutava contra Covid-19, na quinta-feira (1º). O homem estava detido na Unidade Prisional Regional de Itumbiara , no sul de Goiás, quando apresentou sintomas.

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que Wallas “foi encaminhado para a unidade de saúde do município no dia 23 de junho”, recebeu tratamento contra a doença e voltou ao presídio no mesmo dia.

“Já no dia 27, do mesmo mês, ele novamente foi encaminhado ao hospital municipal onde ficou internado até o registro do óbito”, detalhou o órgão em nota.

O comunicado da diretoria também informou que este “foi o primeiro caso de morte causada por complicações da doença, registrado no ambiente prisional de Itumbiara”.

Segundo o órgão, assim que o preso começou a apresentar os sintomas da doença, “imediatamente foram reforçadas as medidas de combate e prevenção dentro do estabelecimento penal”.

Também de acordo com a DGAP, não há indícios de outros casos de Covid-19 na Unidade Prisional. “Todos os presos que tiveram contato com os detentos [infectados] foram isolados e estão em observação”, completou a diretoria em comunicado.

A DGAP não informou o número de pessoas infectadas ou que tiveram contato com os contaminados.

Crime em condomínio

Wallas foi condenado, em fevereiro deste ano, a 17 anos de prisão pela morte do porteiro Guilherme Alves Pereira, 23. Segundo as investigações policiais, o jovem foi morto a tiro após discutir com o vigilante por causa de uma bolinha de papel.

O crime aconteceu no dia 13 de outubro de 2018, no condomínio em que autor e vítima trabalhavam. Câmeras registraram quando o porteiro foi assassinado (assista acima).

A gravação mostra quando Guilherme vai ao próprio carro e, quando está voltando, é rendido pelo vigilante. O porteiro levanta as mãos para o alto, vira-se de costas e é baleado. Já caído ao chão, mais tiros são disparados contra a cabeça da vítima. Outros seguranças chegam depois e ficam desesperados.

Na época da investigação policial, o delegado Ricardo Chueire contou que, horas antes de ser morto, o porteiro chegou a mandar uma mensagem a um amigo dizendo que havia sido ameaçado.

Motivação

À época, as investigações apontaram que a discussão entre os dois começou por conta de um papel jogado no chão.

“O vigilante atirou uma bola de papel no chão da guarita do porteiro, que pediu que ele catasse. Eles iniciaram uma discussão”, disse Chueire ao fim das apurações.

Também conforme o delegado, vítima e réu já tinham se desentendido em outra ocasião. “Houve uma discussão a respeito da divisão do gasto de combustível e, desde então, a relação deles estava abalada”, afirmou.

Wallas Gomes de Lima é acusado de matar porteiro em condomínio de Itumbiara — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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