Passeata pede Justiça um mês após morte de jovem em lanchonete de GO

Capa » NOTÍCIAS » Passeata pede Justiça um mês após morte de jovem em lanchonete de GO
Passeata pede Justiça um mês após morte de jovem em lanchonete de GO
13-04-2014
Compartilhe agora:

Assessora parlamentar foi assassinada com um tiro no tórax em Goiânia.
Irmão diz que família não esquece crime: ‘Nunca mais vai ser a mesma coisa’.

 

Familiares, amigos e companheiros de trabalho da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 27 anos, organizaram uma passeata na manhã deste domingo (13), em Goiânia, para lembrar um mês de seu assassinato, em uma lanchonete da capital. Com cartazes e faixas, o grupo pedia Justiça e cobrava mais emprenho da polícia na investigação. Até agora, o suspeito do homicídio não foi encontrado e as investigações correm em sigilo.

Segundo o advogado Uigvan Pereira Duarte Filho, irmão de Ana Maria, amigos dela que moram em Goianésia, a 198 km da capital, viajaram especialmente para participar da manifestação. Ele reconhece o trabalho da polícia, mas diz que a família não vai sossegar enquanto o suspeito não for preso. “A gente sabe que essa demora é natural, não estamos aqui para falar que [a investigação] está demorando. Só queremos justiça”, afirmou ao G1.

O movimento se concentrou na porta da sede da Polícia Federal (PF), no Setor Bela Vista e seguiu até o Parque vaca Brava, no Setor Bueno. A manifestação também contou com o apoio de policiais federais, que aproveitaram para reivindicar melhorias para a categoria.

‘Neném’
Ainda abalado, Uigvan lembra com carinho da irmã caçula. “Ela era um esteio da família todo, se relacionava bem com todo mundo. Eu sempre a chamei de ‘neném’ e é isso que ela vai ser sempre para mim. Eu tinha uma relação muito boa com ela e ela de zelo e ciúme comigo”, recorda.

De acordo com o advogado, a mãe e a outra irmã são as pessoas que mais sofrem com a perda. “Na verdade, a gente não retoma [a vida]. Nunca mais vai ser a mesma coisa. O que a gente faz é tentar ocupar o para esquecer que está doendo”, lamenta.

Assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte é assassinada em frente a lanchonete em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Ana Maria estava com o noivo e uma amiga quando
foi morta (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Crime
Ana Maria morreu ao levar um tiro durante uma suposta tentativa de assalto em frente a uma lanchonete na noite de sexta-feira (14), no Setor Bela Vista. Formada em direito, ela  trabalhava como assessora parlamentar do deputado estadual Hélio de Sousa (DEM). De acordo com a Polícia Militar, ela estava na companhia do noivo e de uma amiga em frente ao local quando, por volta das 23h30, um homem deu voz de assalto.

O noivo e a amiga entregaram os celulares, mas a vítima disse ao assaltante que não estava com o aparelho dela. Em seguida, o homem atirou contra a jovem, atingindo-a no tórax. Ela morreu ainda no local.

Uma testemunha da morte, que não quis se identificar, acredita que a vítima tenha sido executada. “Eu tenho certeza que ele não queria roubar. Se ele quisesse roubar, tinha colocado todo mundo para dentro, roubado o caixa, a sanduicheria, todos, e ia embora com tudo. Ele veio para matar ela”, relatou o homem, que não quis se identificar, em entrevista à TV Anhanguera.

Retrato falado
A Polícia Civil divulgou no dia 27 de março o retrato falado do suspeito de matar a assessora parlamentar. Além de testemunhas, vídeos de câmeras de segurança ajudaram na descrição do rapaz e indicam que ele seguiu a vítima em uma motocicleta desde a casa dela, no Setor Bueno, bairro vizinho ao do local do crime.

Retrato falado de suspeito de matar a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte em Goiânia, Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Retrato falado de suspeito: investigção corre em
sigilo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

“Com base nisso, agora nós acreditamos que se trata de uma execução, mas ainda não descartamos nenhuma possibilidade”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Tiago Damasceno, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).

O suspeito, conforme o delegado, é um homem com idade entre 24 e 30 anos, de 1,85 metro, de cor parda, tem olhos escuros e “arregalados”, voz grossa e sem sotaque. No momento do crime, ele vestia uma camiseta verde, calça jeans e estava de capacete com a viseira aberta.

Depoimentos
No dia 17 de março, o noivo da vítima prestou depoimento à polícia. Alegando estar abalado, ele não conversou com a imprensa, mas disse ao pai da vítima que a arma do criminoso falhou duas vezes antes de Ana Maria ser atingida. Até então, a polícia acreditava que a revólver tinha falhado apenas uma vez.

Pai da jovem, o promotor de Justiça aposentado Uigvan Pereira Duarte relatou que o noivo da filha contou com detalhes como tudo ocorreu. “Chegou esse rapaz que desceu de uma moto e falou para eles: ‘cadê o celular de vocês? ’ Ele [o noivo] estava com o celular e a carteira em cima da mesa, a colega da Ana Maria também. Mostraram o celular e tudo e [o assaltante] procurou para a Ana Maria: ‘e o seu celular?’. Ela com a boca cheia, porque estava comendo sanduíche falou: ‘eu não tenho celular’. Ele atirou nela”, afirmou.

Segundo o noivo, o revólver falhou duas vezes. “Ele olhou no revólver e voltou a atirar bem no coração dela. Ela já encostou na cadeira e o namorado acudindo, mas ela já estava falecendo. Não teve como”, complementou o Uigvan, que já foi policial e hoje responde pela chefia de gabinete da prefeitura de Goianésia.

g1 goias

 

Contato: (62) 992719764
(clique para ligar agora)

informativocidades@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.Campos requeridos estão marcados *

*