Vereadora é suspeita de intermediar exames e distribuir medicamentos em troca de votos em Uruaçu

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Vereadora é suspeita de intermediar exames e distribuir medicamentos em troca de votos em Uruaçu
26-03-2021
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A vereadora Bia Martins (Cidadania) de Uruaçu, no norte de Goiás, é suspeita de intermediar exames falsos e distribuir medicamentos sem prescrição médica em troca de votos. A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (25), dois mandados de busca e apreensão no gabinete dela, na Câmara Municipal, e na casa da suspeita. Dois médicos também são investigados por suspeita de participação.

solicitamos  um posicionamento à vereadora Maria Abadia Martins da Costa, conhecida como Bia Martins (Cidadania), às 15h20, por mensagem em uma rede social dela, mas não teve retorno até a última atualização deste texto. Como a Polícia Civil não divulgou os nomes dos dois médicos, a reportagem não conseguiu localizá-los para que se pronunciassem sobre a investigação.

A reportagem também solicitou, por e-mail enviado às 19h15, um posicionamento para a Prefeitura de Uruaçu e para o partido Cidadania.

De acordo com o delegado Fernando Martins, da Delegacia de Polícia de Uruaçu, a investigação apura a suspeita de emissão de guias médicas e fornecimento de medicamentos controlados de forma fraudulenta. A operação, batizada de “Falsas Intenções”, remete ao fato de a suspeita fornecer os medicamentos e encaminhamentos médicos com a intenção de angariar votos.

O delegado diz que foi apurado que a mulher, com auxílio de médicos não credenciados na rede do Sistema Único de Saúde, teria emitido guias médicas para pessoas que, na maioria das vezes, sequer eram realmente atendidas.

Em um dos casos, uma guia prescrevia um encaminhamento para uma mulher sobre um problema na próstata, que é uma glândula masculina.

“O caso mais emblemático que nós descobrimos durante as investigações foi que uma das guias de atendimento do SUS, que foi supostamente encaminhada por ela, dizia que uma paciente do sexo feminino teve um problema na hipertrofia prostática, e nós sabemos que a glândula da próstata é eminentemente masculina. Aí você vê que, efetivamente, não havia um atendimento médico para essas pessoa”, concluiu.

Conforme Fernando, na época das Eleições Municipais 2020 a investigada também teria feito o fornecimento de medicamentos para diversas pessoas, sem receita e prescrição médicas, o que indica possível crime de compra de votos. Ela foi reeleita no pleito eleitoral de 2020.

“Essa vereadora captava pacientes, que sequer eram levados efetivamente aos médicos para fazer esses atendimentos, e ela também fornecia medicamentos sem autorização legal. Ela não é profissional da área, fornecia medicamentos sem prescrição médica, sem autorização, e nós constatamos também que, na verdade, ela estava angariando votos”, disse.

Durante as buscas, a Polícia Civil apreendeu, na casa da vereadora, diversos medicamentos, inclusive de tarja preta e alguns de amostra grátis, além de computadores, celulares, guias de atendimento e encaminhamento do SUS.

Os investigados, que não foram presos, devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e fornecimento ilegal de medicamentos.

Remédios apreendidos com vereadora — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Encaminhamento feito pela vereadora para paciente mulher relata problema na próstata, diz polícia — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Vereadora é suspeita de intermediar exames e distribuir medicamentos em troca de votos em Uruaçu  — Foto: Divulgação/Polícia Civil

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