Informativo Cidades
Jovens já estavam presos por outros crimes, como tráfico e porte de arma.
Eles invadiram casa da vítima e atiraram várias vezes contra ela, em Goiânia.
A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira (11) dois jovens suspeitos de matar Divina Santos da Silva, de 34 anos, que trabalhava em uma empresa de reciclagem no Setor Norte Ferroviário, emGoiânia. Segundo a polícia, Douglas Tavares, 18, e Wanderson Almeida, 26, acreditavam que a vítima tinha passado informações à polícia sobre o tráfico de drogas na região. Os dois já estão presos respondendo por outros crimes.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Ribeiro, explicou que a vítima não tinha nenhuma relação com os suspeitos e que não tinha envolvimento com drogas. “Ela trabalhava em um local de reciclagem e nesse lugar também tinha um ponto de tráfico de drogas. Começamos a fazer operações no local e apreender drogas, prender pessoa, e o Douglas e o Wanderson acharam que tinha alguém de dentro passando informações para a polícia”, disse.
Ainda de acordo com as investigações, os dois jovens agiam no tráfico de drogas a mando de um detento que coordena tudo de dentro da cadeia. “Os dois acabaram concluindo que a Divina era a informante e decidiram mata-la. Eles não explicaram muito bem como chegaram a essa informação, não entraram em detalhes. Também não sabemos se a ordem para o homicídio passou por esse chefe que atua na cadeia”, explicou Ribeiro.
O crime aconteceu no dia 3 de agosto, no Residencial Senador Albino de Boa Ventura. Segundo o delegado, os dois jovens chegaram de carro, pularam o muro e, armados, renderam a mulher, o marido e os dois filhos do casal. “Eles mandaram o marido e os filhos irem para um quarto porque o problema era só com a Divina. Em seguida, eles atiraram diversas vezes contra ela e fugiram no carro”, relatou.
Douglas foi preso em flagrante no dia 17 de agosto com arma e drogas. Já Wanderson foi preso no dia 6 de setembro com a arma usada para matar Divina. “Com a prisão dos dois por esses crimes, concluímos as investigações, o marido da vítima reconheceu os dois, mesmo eles estando com uma touca ninja no dia do crime”, disse o delegado.
Agora, os dois vão ser indiciados por homicídio qualificado. A pena para esse crime varia de 12 a 30 anos de prisão.
